por Taís Ferraz
Na noite de ontem (27/08/10), Tremedal viveu um novo momento na sua história. Na verdade, sinto como um início de desbravamento para que os jovens entendam o valor da cultura e o que isso representa em seu crescimento como pessoa, como cidadão e principalmente como agente de transformação de tudo aquilo que necessita de renovação. E a vida sempre necessita de renovação. Contudo, o que temos de belo, o que conta a nossa história, nossas raízes necessitam ser preservadas e perpetuadas para as novas gerações saberem a origem do seu povo, do seu lugar! A apresentação do documentário nos fez relembrar (aqueles que tinham a possibilidade de recorrer à memória) e conhecer (aqueles que estavam ouvindo pela primeira vez as nossas histórias). Eu que apesar de jovem, porém sempre saudosista e com memória proeminente, relembrei aspectos citados da feira de Tremedal contados pela minha mãe Marlene Ferraz e tive o prazer de ouvir de Ubirajara, Nonato e Negão, histórias que ainda não conhecia. Ressalto ainda a fala da jovem Vanessa, que nos mostrou a beleza de ser cidadã. Uma noite ímpar na história de Tremedal e culminada com uma obra brilhante dirigida por João Falcão, intitulado “A máquina”, que sabiamente foi escolhido por Luís Umberto, pois tenho plena convicção que não foi uma escolha aleatória, mas que provocasse um despertar para o mundo de cada ser presente naquela praça. Espero que os resultados possam ser colhidos. Parabéns Instituto e parabéns ao cineasta que editou o documentário lindamente com uma trilha sonora singular, cantada pelo nosso próprio povo! Sinto-me orgulhosa de ter feito parte da noite de ontem, ainda que apenas como alguém que assistiu com respeito e admiração o que foi preparado com tanto carinho para todos os tremedalenses.
